Exposições
Torre Medieval
A Torre de Santiago é um dos núcleos expositivos do Museu Pio XII. Com entrada pelo vizinho Largo de São Paulo, este complexo edificado medieval integrava o circuito de defesa da cidade de Braga. Alterado e reformulado ao longo dos séculos, detém cinco pisos, que têm servido para algumas das exposições temporárias realizadas pelo Museu Pio XII.
No terceiro piso pode visitar-se o oratório dedicado a Nossa Senhora da Torre, erguido sob desenho de André Soares, como forma de agradecimento por a cidade ter sido poupada aos efeitos nefastos do terramoto de 1755, que devastou a cidade de Lisboa, em Portugal.
No último piso pode-se vislumbrar o campanário instalado na torre desde 1721, além de beneficiarmos de uma das mais belas panorâmicas sobre a cidade de Braga, fruto dos seus 40 metros de altura.
A torre de Santiago é um dos resquícios da cidadela medieval mandada reformar pelo Rei D. Fernando a partir de 1369. Deve o seu nome ao facto de se localizar a escassos metros da Paroquial de Santiago da Cividade, erigida no século XIII. A torre não servia então apenas como posto de vigia das muralhas, mas também era, em si mesma, uma das portas da muralha, que se fazia então por dentro da torre (em L), tal como acontece, por exemplo, em muitas das entradas da vila de Óbidos.
Restaurada em 2002
Ainda hoje é possível vislumbrar-se ambas as portas integradas na torre, bem como o primitivo pavimento, bastante elevado relativamente à atual cota das ruas.
A torre, integrada após 1560 no Colégio de São Paulo, foi aumentada em altura para permitir a colocação de sinos e relógio. Mais tarde, em 1721, viria a ser reformulada, construindo-se o campanário na fachada norte e passando a porta para a lateral da torre.
O oratório de Nossa Senhora da Torre haveria de moldar-lhe a fisionomia atual. Entre 1879 e 1927 a Câmara Municipal tentou, por diversas vezes, a sua demolição. Em 2002, na sequência da reformulação do Museu Pio XII, foi integralmente restaurada.