Sala Levi Guerra
Apresentação
Nela se expõem algumas das 73 obras, de cunho religioso, oferecidas por Levi Guerra ao Museu Pio XII no ano de 2019.
Essas obras ancoram-se, algumas, no Antigo Testamento (com saliência para as visões de Amós), outras focam-se em cenas do Novo Testamento, outras ainda em personagens da atualidade.
As que se reportam ao Novo Testamento, levam-nos a uma viagem desde a Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, à Visitação à prima Santa Isabel, ao presépio, à fuga para o Egipto, à Última Ceia, ao Calvário e à crucifixão, à Ressurreição, ainda aos discípulos de Emaús…
Sala Levi Guerra
O artista
Doutorado em medicina, começou por trabalhar no Hospital de Santo António, no Porto. Foi bolseiro em Paris, nos Estados Unidos, na Dinamarca… Regressado, foi Chefe de Serviço de medicina no Hospital de Santo António (1981/85) e depois, no Hospital de São João, após transferência. Foi Diretor do Hospital de São João (1988/91).
Em 2013 recebeu o Prémio Nacional de Saúde 2013, do Ministério da Saúde. A esse viriam a somar-se outros: Prémio Dra. Maria Raquel Ribeiro 2015, da Associação Portuguesa de Psicogerontologia; Medalha de Honra (ouro) da Cidade, da Câmara Municipal do Porto (2016); Medalha de Honra (ouro) da Ordem dos Médicos (2016).
Levi Eugénio Ribeiro Guerra é natural de Águeda, médico e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina do Porto e Diretor Reformado do Serviço de Nefrologia do Hospital de São João de que foi o fundador (1993).
Sala Levi Guerra
A obra
A obras doadas pelo pintor e médico Levi Guerra ao Museu Pio XII são 73, repartidas por temas do Antigo Testamento (onde sobressaem as visões de Amós) e, maioritariamente, do Novo Testamento. Aqui, uma fatia considerável toca o início do mistério da redenção (visitação, nascimento de Jesus…), a maior parcela aborda o tema da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Ainda se focam alguns personagens importantes da história de outrora e dos nossos dias.
As telas têm força, cor e drama, realismo e – em cenários de Calvário, viva agonia.
São reflexos de um artista que conhece – ou não fora médico, a ternura de alguns doces momentos da vida, mas também a agrura dos tempos em que o céu se põe escuro.
Conhecer a obra religiosa do pintor Levi Guerra é viajar, através das telas, pela alma humana, desde a suavidade da aurora, ao cinzento do crepúsculo.