Exposições
Galeria dos Arcebispos
A Galeria dos Arcebispos situa-se no antigo edifício da Cúria, sito nos jardins do Paço Arquiepiscopal, com entrada pela rua D. Manuel Vieira de Matos (transversal da rua de Santa Margarida).
Esta galeria expõe 129 telas com os retratos de todos os prelados da Igreja de Braga. Partindo de S. Pedro de Rates e outros bispos cuja existência não está historicamente assegurada, percorremos os protagonistas da história da cidade de Braga, entre os quais se conta S. Martinho de Dume, D. Paio Mendes, D. Diogo de Sousa, D. Frei Bartolomeu dos Mártires ou D. Rodrigo de Moura Telles.
Este conjunto de telas foi mandado executar por D. Frei Agostinho de Jesus no final do século XVI, de forma a valorizar a história e a tradição da Igreja bracarense. A partir daí todos os Arcebispos passaram a mandar pintar o seu retrato. Antes disso, apenas D. Frei Bartolomeu dos Mártires e D. Diogo de Sousa foram retratados.
Retrato
O retrato mais antigo do conjunto é o do Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires, executado ainda em vida do prelado pelo pintor português António Maciel, por iniciativa de D. Frei Agostinho de Jesus, então titular do sólio bracarense.
No que concerne à fidedignidade dos retratos quanto à fisionomia dos prelados, sabemos que a tela correspondente a D. Diogo de Sousa se terá inspirado num exemplar coevo deste arcebispo, bem como o do Cardeal D. Henrique que, pelos importantes cargos que ocupou, deveria ter o seu rosto reproduzido em outros suportes artísticos.
Apenas os arcebispos posteriores a D. Frei Agostinho de Jesus, o mentor da galeria, passaram a mandar pintar o seu retrato. Portanto, todos os retratos anteriores ao século XVI correspondem a uma idealização do semblante de cada prelado.
Consta que o Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles terá mandado “retocar” todos os retratos no primeiro quartel do século XVIII. A primeira tela do conjunto corresponde a S. Pedro de Rates, que segundo uma narrativa mitológica terá sido o primeiro bispo de Braga no ano de 45. O mais recente retrato é o de D. Jorge Ortiga, atual Arcebispo Primaz.
Este conjunto de telas foi colocado inicialmente num dos salões do complexo do antigo Paço Arquiepiscopal, tendo depois transitado para as diversas residências em que os arcebispos se instalaram após a apropriação daquele edifício pelo Estado em 1834.
Tendo em vista a sua exposição pública, recentemente os retratos foram integrados num pequeno edifício setecentista onde outrora esteve instalada a Cúria Arquidiocesana, onde funcionaram até há uma década os serviços centrais da Arquidiocese de Braga.
O edifício de dois pisos e reduzidas dimensões, situa-se nos jardins do atual Paço Arquiepiscopal, tendo entrada pela rua D. Manuel Vieira de Matos (transversal da rua de Santa Margarida). De desenho barroco e inusitado recorte, o edifício terá sido mandado construir por Felícia de Magalhães da Cunha. Esta edificação integrava a Quinta do Tanque, outrora pertença do fidalgo Lopo António de Vasconcelos Leite Pereira de Abreu Lima, que foi adquirida em 1920 pelo Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos para instalar o Paço Arquiepiscopal e o Seminário diocesano.
Desde 2015 que a Galeria dos Arcebispos se encontra acessível. Todas as sextas-feiras, entre as 10h00 e as 12h30, é possível a marcação de visitas guiadas a este espaço museológico, que deverão ser agendadas através do Museu Pio XII.