O museu
Fundador
Integrou o Cabido da Sé de Braga, onde desempenhou a missão de Deão. Entre 1948 a 1975 desempenhou as funções de reitor do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, da Arquidiocese de Braga.
Fruto do seu interesse pessoal pela arqueologia, haveria de fundar em 1957 o Museu Pio XII, aproveitando os espaços vazios do edifício do antigo Colégio de São Paulo, entretanto devolvido à Arquidiocese. Em 21 de Junho de 1984 fundou o Museu Medina.
No âmbito da sua sublinhada devoção às causas do património cultural, realizou escavações, escreveu artigos, organizou exposições e conferências. Colaborou também na fundação do Instituto Limiano e com o Museu dos Terceiros, em Ponte de Lima. Foi ainda sócio da Academia Portuguesa de História.
O reconhecimento pelo seu trabalho em prol da preservação e valorização do património cultural não tardou. Em 1986 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural pela Secretaria de Estado da Cultura e em 1990 o Presidente da República haveria de conferir-lhe a Comenda da Ordem de Mérito.
Faleceu na cidade de Braga a 12 de novembro de 1992, deixando um legado cultural de enorme relevância. A edilidade bracarense reconheceu o seu mérito integrando o seu nome na toponímia, com uma rua na freguesia urbana de São Vicente, dando provimento a uma proposta da Comissão de Toponímia datada de 20 de maio de 1993.
Fundador do Museu Pio XII, era natural da freguesia de Alvarães, em Viana do Castelo, onde nasceu em 24 de setembro de 1913.
Frequentou os seminários de Braga, dado que Viana do Castelo integrava ainda a arquidiocese bracarense, tendo sido ordenado sacerdote a 11 de outubro de 1936. Entre 1936 e 1940 licenciou-se em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.