O museu
Denominação
O Museu Pio XII foi batizado com o nome do Papa que, então, governava a Igreja Católica. Trata-se de mais uma homenagem ao Pontífice que viveu um pontificado atribulado e cuja ação se revelou, em certos momentos, determinante.
Papa desde 1939 e até à data da sua morte, Eugénio Pacelli era italiano de nascimento, tendo seguido a sua vocação sacerdotal como religioso dominicano.
Ordenado bispo a partir de 1917, integrou a Cúria Papal, tendo assumido a nunciatura apostólica na Baviera e na Prússia. No consistório de 1929 foi nomeado Cardeal, sendo um ano depois designado para a importante missão de Secretário de Estado. Em 1939, ano decisivo para o mundo, é eleito Papa, sucedendo a Pio XI.
Apesar de todos os questionamentos efetuados sobre o seu papel durante a 2.ª Guerra Mundial, sabemos hoje que promoveu de forma discreta inúmeras ações em prol da paz e da defesa dos cristãos que se encontravam em risco.
No seu magistério publicaram-se 43 cartas-encíclicas e foram terminados oito processos de canonização e cinco de beatificação.
Em 1942, e na sequência do solicitado na mensagem de Fátima, Pio XII efetuou a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, tendo proclamado o dogma da Assunção de Maria em 1950. Faleceu a 9 de outubro de 1958, aos 82 anos de idade e com 19 anos de pontificado. Em 1965 o seu sucessor, o Papa Paulo VI, deu início à causa da sua beatificação e em 2009 Bento XVI proclamou-o “Venerável“.
Dada a exigência da sua missão, primeiro num contexto do mais terrível conflito bélico da história da humanidade e depois mergulhado na tensão calculista da Guerra Fria, o Papa Pio XII acabou por ser alvo de um particular afeto no seio da Igreja, facto que acabou por provocar a realização de diversas homenagens em sua honra. O Museu Pio XII é um exemplo disso mesmo, tendo aberto as suas portas quando Pio XII ainda estava no exercício das suas funções.
Homenagem
Em Braga, além deste Museu, o Papa Pio XII foi homenageado com a implementação de uma estátua no Largo da Senhora-a-Branca, obra do escultor Raul Xavier, inaugurada com grande assistência no dia 15 de maio de 1957.
Na base da estátua encontra-se a justificação para a homenagem ao Pontífice que proclamou o dogma da Assunção e que foi “arquitecto da paz e de um mundo melhor” no exigente contexto da 2.ª Guerra Mundial.
Na sala de entrada do Museu encontra-se precisamente uma réplica em gesso desta estátua.